Neste ano de 2019, convidamos a refletir sobre como a Inteligência Artificial (IA), no contexto da evolução das soluções tecnológicas, irá complementar ou competir com o SER do Humano. A Inteligência Artificial poderá ser resposta de muitas de nossas questões cruciais como humanidade, mas também acarretará efeitos diretos ou colaterais que poderão ser prejudiciais à sociedade. O SER Humano com sua Inteligência irá aprender como? E a vida com a IA será diferente e irá tomar o papel do ser humano - onde e quando?
Neste 4º Congresso FEI de Inovação e Megatendências esperamos contar com um público presente de mais de 2000 pessoas e mais de 4000 internautas interagindo por meio das transmissões ao vivo. Tivemos no Congresso passado, em 2018, mais de 60 personalidades presentes, mais de 1200 presentes e algo em torno de 5000 visualizações ao vivo pelas redes digitais, alcançando 6 países das Américas, Europa e Ásia.
Em 2050 provavelmente não teremos mais as fases estanques da vida atual, como estudar até os 20, trabalhar até os 60 e ter o lazer e a aposentadoria até os 80 anos. É muito provável que os que nascem hoje estarão trabalhando mais cedo, estudando até o final de suas vidas e mantendo uma vida saudável e de lazer e prazer além de seu centenário. Analogamente, é muito provável que tenhamos, em todas estas fases, novos equilíbrios entre a inteligência natural, nossa humanidade e a inteligência artificial. A IA deve fazer parte da vida cotidiana de todos nós. Uma grande questão em pauta para educadores, desenvolvedores e formuladores de políticas: quais os limites dos algoritmos e quais os critérios decisoriais? Especialmente em questões com consequências públicas de grande alcance, a substituição do homem deve ser crítica e demandar o alinhamento do avanço aos valores de cada sociedade e às questões éticas no processo decisorial (reflexões atualmente denominadas AI ethics) – um cenário de disrupções e reequilíbrios, portanto, complexo por natureza.
Já nos dias atuais, o mundo começa a se encantar com a Inteligência Artificial, assim como nos encantamos com um bebê que está nascendo e começando a falar - no caso, as novidades trazem junto, por exemplo, o Big Data, robôs inteligentes e automóveis autônomos que passam a orbitar nossas vidas. A IA começa, portanto, a nos preocupar mais do que gostaríamos no processo de amadurecimento e desenvolvimento que a levará à adolescência e fase adulta. Em poucos anos teremos sistemas inteligentes cujo propósito será comandar e controlar nossas vidas; se por um lado podem cuidar de nossa saúde e alimentação de forma impecável, nos livrar de tarefas repetitivas, favorecer o trabalho e nos proporcionar experiências personalizadas em todo e qualquer local e condição, por outro lado desperta fortes questões sobre os efeitos no desemprego estrutural, limites da privacidade, parâmetros decisoriais acima comentados e na posição da barreira individual-coletivo. Assim, precisamos garantir que os sistemas de IA sejam eticamente aceitáveis e que moldem seus fundamentos junto com a comunidade em que está inserida. Sem a menor dúvida, a Inteligência Artificial não será única, sofrerá influências de culturas e terá visões e parâmetros éticos diferentes, mas todas precisam ter algo em comum: resolver problemas, ao invés de criá-los.
Quanto ao SER Humano, ele ainda é o sistema mais complexo que não foi possível replicar na sua totalidade. Existem restrições para a sua replicação total? Como será este equilíbrio? Quem serão os reais protagonistas? Os profissionais do futuro irão ser partes integrantes destas formulações e a FEI está colocando tais questões no foco do debate. O que queremos e como queremos o nosso futuro? Estudantes, Professores, Cientistas, Sociólogos, Políticos e pessoas de nossa convivência pessoal devem fazer parte deste processo. Variadas gerações, experiências e conhecimentos reunidos na busca de compartilhar a esperança, as incertezas e os medos, nos motivando a fazer parte das soluções que esperam de nós no Brasil e no mundo.
Queremos inovar mais uma vez e integrar nestes três dias de imersão inovadora a nossa relação mais intensa com outros elementos de nossa vida criativa como as artes, a música e o ambiente. Teremos muitas novas surpresas para todos os participantes.
Quais são as suas impressões? Trata-se de tecnologia a favor do ser humano? O que muda? Como adaptaremos o aprender e o trabalho? Como ficarão as relações sociais? Lógica, privacidade e ética: o que queremos e o que podemos quando se trata de IA? Aceite nosso convite e junte-se a nós para este rico debate na 4ª edição do Congresso FEI de Inovação e Megatendências 2050, que ocorrerá entre 15 e 17 de outubro de 2019 no campus São Bernardo do Campo da FEI.
